Prezados!
Terminou hoje mais uma enquete que havia postado no blog Bate Papo Forense sobre a obrigatoriedade ou não do voto no Brasil.
A enquete teve um retorno expressivo e foi muito interessante, pois o resultado demonstra exatamente o momento que estamos passando.
Somos uma das maiores democracias do mundo e, mesmo assim, 43% (quarenta e três por cento) das pessoas que votaram são contra a obrigatoriedade do voto, pois entendem que essa obrigação prejudica a educação política, o processo eleitoral e, potencializa a corrupção.
O que acontece conosco, o que nos falta, já que o mundo volta os olhos para essa nação que possui o processo eleitoral, mas rápido e moderno!
Seria a falta da educação? É certo que sem educação para todos não há cidadania. Já dizia o jurista brasileiro Anísio Spínola Teixeira sobre o tema:
“Educação é a base, o fundamento, a condição mesma para a democracia. A justiça social, por excelência, da democracia, consiste nessa conquista da igualdade de oportunidades pela educação. Nascemos desiguais, nascemos ignorantes e, portanto, nascemos escravos. É a educação que pode mudar”.
E foi exatamente esse o posicionamento da maioria das pessoas que votaram no blog, ou seja, não estamos educados de forma plena para exercer esse direito em sua totalidade e, desta forma, a obrigatoriedade prejudica a educação política, o processo eleitoral e, potencializa a corrupção.
Agora, curiosamente, outros 36% (trinta e seis por cento) dos votantes acreditam que o brasileiro não se encontra conscientizado e socializado politicamente para exercer o direito de voto de forma facultativa.
Nas duas colocações uma coisa é certa, nos falta ainda educação política.
Chegou a hora de nos darmos uma carta de alforria em relação ao direito de escolha. Devemos exigir a liberdade do exercício desse direito. Afinal, a democracia é sinônimo de liberdade. E que liberdade é essa que nos obriga a algo?
A única solução efetiva para podermos de fato exercer esse direito plenamente é nos conscientizarmos de que não somos apenas o contribuinte, o consumidor, o reivindicador de benefícios individuais e, sim uma coletividade que deve buscar o bem comum.
O bem comum em questão é o direito à educação. Enquanto não tivermos essa educação, não seremos totalmente livres e, dessa forma, continuaremos obrigados a exercer um direito que nos foi tão custoso conquistá-lo.
A liberdade parcial não é liberdade. E sem liberdade não há democracia.
Abraço Fraterno!